Depoimento amplificador Sebastian Van Galen

Atualmente me deparei com um conjunto e pude obter os esquemáticos

sendo seu preamplificador, quase idêntico, seria um clone perfeito dos circuitos do Marantz 7, quase todo em sua totalidade, inclusive a parte de linha que é idêntica a deste site.

https://ttradio.net/clone-jadis-jp200-tube-preamp/ 

Clone Jadis 200 Preamp

 Infelizmente dificilmente algo se criou neste país, tudo se copiou...

o amplificador de potência é idêntico ao apresentado pela RCA em 1977 nos seus aplication notes.]

Aparelhos muito mal acabados e mal feitos.

Mas tem boa sonoridade, pois são clones de famoos.

 

 

Não há nenhuma intenção com este depoimento de desmerecer ou prejudicar o Falecido Engenheiro Sebastian Henrique Van Gallen Laper, de origem alemâ que viveu no brasil nas décadas de 1970,1980 a 1990. E sim divulgar suas conquistas e erros não intencionais. Sócio das companhias Paragon e Wagner Main do Brasil, introduziu no final da década de 70 equipamentos revolucionários no quesito alta fidelidade, muito superiores em qualidade de áudio aos seus concorrentes de nível nacional e estrangeiro. Sendo praticamente o precursor do conceito high end no Brasil. Pois tinha equipamento já no conceito resposta plana nesta época. Vim a conhecer seu trabalho pelo relato do amigo empresário Tohei Koti de Lins SP. Que havia recem adquirido em 1981 um conjunto de préamplificador, amplificador de potência e caixas acústicas do mesmo. Sendo o custo altíssimo na época, custando o mesmo que uma Belina  LDO (Ford), mas Tohei Koti que estava cansado das porcarias que tinhamos na época. e através de seu amigo médico Antonio Ibanez, que tinha um conjunto da Wagner Main, entrou em contato com Sebastian e os apresentou, Tohei fez jus ao alto preço e o comprou o equipamento, indo pessoalmente na casa de Sebastian, que na época morava em um apartamento em Higienópolis SP. Lá chegando, Sebastian lhe mostrou as opções que disponha na época, mostrando os equipamento de seus uso pessoal e dois tipos de caixas acústicas, sendo uma a tradicional da Wagner Main, aquela de dois módulos juntos e outra mais simples no visual de três vias, sendo esta a escolhida. Naquela ocasião Sebastian fez uma pequena demonstração do seu equipamento, reproduzindo vários Lps , sendo um de piano clássico e logo após foi tocar em um piano Stenway que havia na sala e Tohei percebeu que não havia diferença na sonoridade do instrumento de da gravação reproduzida, sendo ali já firmado o compromisso de compra do mesmo. Retornando a Lins logo depois de algum tempo recebeu o preamplificador, e depois de alguns dias as caixas acústicas e o amplificador de potência. Ficando satisfeito com a aquisição do equipamento que até os dias atuais o possui. Como amigo pessoal de Tohei, sendo ele próprio me ensinando a escutar música de qualidade, um caminho sem volta, pois depois do bom ninguém quer o ruim. Com a convivência tive a oportunidade algumas vezes de abrir o conjunto e ver como era fabricado, e quem sabe fazer um para mim.

Resolvi aqui publicar este relato no fim de ajudar a quem possuir um equipamentos destes encostado, por falta de documentação ou simplismente desconhecimento do mesmo.

As caixas acústicas tem 80 litros, sendo do tipo bass reflex de 3 vias com divisor butterworth de 12db/oitava nas frequências de 1k/4k, sendo um woofer de 12 polegadas em carcaça de alumínio, parace com os Foster, um midrange feito numa carcaça de 5 polegadas aberta com um imã de ul alto falante de 10 pol, para dar sustentação a uma bobina de 2 pol e potência. Sendo o tweeter o único componente identificável, um T800 da Selenium pintado de preto. Nota-se como o midrange é um falante aberto por trás, que dentro da caixa acústica foi feito um compartimento selado para o mesmo.

Lembro me bem que em 1989, Tohei estava chateado com os sonofletores, pois a enorme humidade de Lins, acabou desmanchando a borda de espuma cinza dos woofers e logo depois dos midranges, tendo lhe acompanhado a São Paulo na Casa do Falante pelo menos uma vez para tentar resolver este infortúnio, infelizmente estes consertadores de alto falantes, danificaram mais ainda os woofres, levando Tohei Koti diversas vezes a São Paulo, até deixar satisfatoriamente os woofers, os quais nunca mais voltaram a ser o que eram, e quanto aos midranges até hoje não foi conseguido substitutos a altura dos originais. Uma pena pois o esforço por ele feito e dinheiro gasto comprariam diversas caixas hoje de marcas boas, mas seu intuíto sempre foi preservar a originalidade, mesmo que seja na aparencia.

O que tenho a relatar disto é que foram praticamentes feitos e/ou modificados os alto falantes originais de suas caixas  pelo fabricante do equipamento, por não encontrar na industria nacional/ou importar falantes da qualidade exigida para o equipamento. Excelente, ficaram melhores, mas o ponto ruim disso é que não ha reposição dos mesmos em caso que se danifiquem, o que ocorreu, deixando o proprietário na mão, e também não foi mais conseguido entrar em contato com Sebastian, pois o relato da éopca foi que tinha retornado para a Alemanha.

O amplificador de potência é totalmente transsistorizado, produzindo uma potÊncia máxima de uns 135 a 150W rms por canal em 8 ohhs, sendo um circuito push pull AB com somente transístores 2N3055H (3055HV) na saída com acoplamento direto DC, sendo sua fonte de +50/-50Vdc medido nos capacitores sem carga, usa um transformador de 36-0-36V 8A, sendo retificado por uma ponte Semikron SKB30/04 e ligado a um banco de oito capacitores eletrolíticos Siemens de 5000uF 70V, sendo uma fonte de alimentação única para ambos os canais. Os transitores da placa excitadora do amplificador são do tipo TIP31/32C e TIP41/42C. Numa oportunidade consegui o esquemático que compartilharei aqui, depois atualizo os valores dos componentes e faço um desenho decente. Já tive a oportunidade de ver 3 amplificadores deste modelo, sendo que um deles o fabricante fez da placa excitadora um bloco de massa epoxi saindo apenas os fios para os transístores de saída. Para que tem um destes é bem fácil remover o epóxi preaquecendo o tijolo a 100 graus celsius de depois com uma espátula pequena e um soprador térmico e muita paciência conseguirá praticamente remover todo o epóxi. Tive de consertar um assim. Como o circuito é desprovido de qualquer circuito de proteção, pelo alegamento de interferir na qualidade som, este amplificador é muito susceptivel a queima, desconheço um que não tenha dado defeito. Ele simplismente entra em deriva térmica, desbalanceando os transístores de saída, como é de acoplamento direto dc, acaba jogando a tensão da fonte de um dos lados diretamente aos sonofletores, danificando-os, o fabricante colocou porta fusíveis, mas na prática adeus....

como existe sempre mais de uma versão do mesmo equipamento quem puder poste se tiver outra para podemos ajudar quem tem um destes parado. Em breve atualizo o desenho com valores.

Passando ao pré amplificador, sendo este a jóia do conjunto, todo valvulado, utilizando sete válvulas do tipo 7025 = 12AX7, sendo quatro na parte de phono ( MC ) e três para o sinal de linha. Sendo a fonte de alimentação de alta das válvulas estabilizada por um trans´sitor BU208 em conjunto com trÊs zeners de 5W tipo 1N5377, resultando em torno de 284Vdc no +B do último estágio, os filamento das sete foram ligadas em série com o intuíto de baixar a corrente de filamento a circular pela placa, e também se trabalhando com uma tensão de fonte mais alta, os eletrolíticos necessários para se manter o mesmo nível de ripple ficam muito menores, E =(VxV)/C.

deixarei abaixo fotos de rabiscos que fiz a 30 anos atrás de seu esquemático, mas prometo logo desenhar e postar com valores. Deixo aberto a sugestões também.

Excelente circuito para ser montado como préamplificador hi end, devemos valorizar o que foi realmente bom.

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