Depoimento sobre transformadores e nosso futuro!

 Quero de antemão agradecer por estar lendo esta postagem meu amigo! Falarei um pouco da minha pessoa para que todos possam me conhecer melhor da maneira que realmente sou! Brasileiro, casado, pai de família, engenheiro eletrônico com mais de 30 anos na profissão, as duras custas, pois estamos no Brasil e nem sempre é fácil conseguirmos algo aqui. Desde o início sempre gostei de áudio e sempre tive bons amigos que me orientaram no caminho do bom ouvido! Pois não somente adianta gostarmos, mas devemos também saber escutar. Isso vem com o tempo e paciência e está aberto a todos! O que realmente importa é termos qualidade e nem sempre volume! Sempre ouvimos falar que o som dos valvulados é melhor, mas não sempre ele realmente o é! Pois hoje temos e também no passado tivemos excelentes equipamentos de estado sólido, mas nem sempre nos foram acessíveis, ora pelo preço ou pela disponibilidade! Temos saudosistas que afirmam que tivemos nossa idade de ouro na indústria brasileira com excelentes equipamentos e ótimas marcas. Não irei entrar em discussão neste mérito pois infelizmente se utilizarmos um critério de avaliação no nível de High End atual, acredito que nada passará nas avaliações. Pois somente faziam somente o de consumo e que dava lucro, assim é quase a totalidade da indústria no mundo.

Como evoluíram os equipamentos nos últimos 70 anos? Se pensarmos em nível tecnológico e qualidade de fabricação, neste caso, demos um salto quântico! Mas se pensarmos em nível comercial, infelizmente quase não mudou nada pois os fabricantes somente constroem o que dá mais lucro de imediato e a curto prazo, sendo poucos os que o fazem pelo simples prazer da perfeição!

Hoje em dia é absolutamente normal, quase a maioria da população ter televisão em casa! imagine ha 50 anos! Não eram todas as famílias que a tinham e se a tivessem era uma e raramente era a cores! E equipamentos de som de alta fidelidade tão ou mais raros ainda. Era comum se reunir a família inteira em uma sala para apreciá-los. Deixemos de saudade e voltemos ao agora!

Da tecnologia do passado, especialmente aos valvulados, no quesito de áudio. Vou comparar os componentes usados antes e hoje para ter uma ídeia!

As válvulas propriamente ditas são componentes feitos mecanicamente de vidro e metal. Seu processo de fabricação não evolui muito ou nada. Apenas algumas máquinas que as montam. Dizem até que sua qualidade caiu, mas para isso teríamos de entrar em discussão, não sendo o caso.

Quanto aos componentes passivos, estes sim melhoraram e muitíssimo. Vamos citar os capacitores eletrolíticos, os quais sempre foram os problemas de todos os equipamentos eletrônicos antigos e até recentes. Nos tempos de OURO, capacitores eletroíticos sempre foram componentes caros e limitados, pois para se construir uma fonte de alimentação ideal se torna necessária que a corrente de ripple seja nula. Isso é impossível. Mas podemos chegar a uma corrente/tensão de ripple aceitável em nossos projetos, nota-se que o termo aceitável aqui é o mínimo para que fique razoável. Ainda sei que não entendeu nada do que disse, paciência, pois entenderá em breve! Mas preciso fazer esta introdução para que o entendimento seja completo ao final. Irei a pratica:

- ex1: um amplificador antigo de meados de 1960, podendo ser citado qualquer um. Como ele era feito?

- basicamente de blocos, onde se tinha fonte, pré amplificador e estágio de saída.

bloco de fonte: composto de 01 transformador de força, retificador e circuito de filtro.

Transformador de força: esse invariavelmente evolui em seus materiais de construção, sendo hoje seu núcleo feito de aço em uma qualidade bem melhor e mais acabado. Mas o que realmente valeu a pena mesmo na evulução dos transformadores antigos para os atuais, sim , realmente é o fio! Pois antigamente os fios dos transformadores mais antigos eram isolador com seda ou alguma fibra. tornando sua construção e manuseio mais complexo e limitando sua potência máxima a um baixo fator de aquecimento, isso deixava os transformadores extremamente volumosos e ineficientes. Tivemos um grande salto com a introdução dos fios esmaltados e praticamente nos dias de hoje um transformador pode ocupar 1/4 do tamanho de 50 anos atrás sem comprometer o desenpenho, aém de outros fatores de melhorias.

Retificador: isso não se discute, os de estado sólido praticamente eliminaram as válvulas neste quesito. Pois o uso de válvulas retificadores é totalmente ineficiente e saudosista! 

Circuito de filtro: aqui entram duas categorias de componentes passivos, indutores e capacitores, componentes que tem características próprias e dependem diretamente da frequência/tensão/corrente aplicadas. Que quiser saber a respeito de seu funcionamento tem excelentes livros de eletrônica a disposição na internet. Este é o ponto onde gostaria de chegar.

Tem pessoas que somente por falta de informação e conhecimento adequado, querem e desejam montar equipamentos valvulados exatamente iguais aos que se faziam em 1960. Pois se lembrarem da sua qualidade! Aqui o bicho pega! Nossa mente não é capaz de quantificar, mas sim de comparar! Temos arquivado em nossas memória sensações excelentes de experiências passadas e se pudessemos reviver hoje nas mesmas condições não seria a mesma sensação, seria diferente, pois nossa experiência com o tempo e a vivência aumentou.

Voltando ao assunto do amplificador. Em 1960 não se tinha eletrolíticos de valores grandes para altas tensões, em contrapartida com a baixa eficiência dos retificadores a válvula. Uma válvula 5U4 tem o limite para ambas as seções em 225mA, e não pode usar diretamente em sua saída capacitores maiores que 40uF, vide datasheet da mesma. Pois a corrente de ripple do capacitor superaria a máxima permitida da válvula. Para driblar esta característica se colocam os reatores de choke em série no circuito de alimentação com capacitores ligados ao terra formando circuitos em forma da letra pi. Foi uma solução adotada na época que não deve ser seguida, pois não é eficiente. O ideal é que coloquemos o máximo de capacitores eletrolíticos em paralelo para que a tensão de ripple se aproxime de zero. Mas o ideal nem sempre é possível, pois quanto maior a capacitância, maior sua corrente de carga, mesmo sem nada ligado a saída da fonte. Se nos circuitos antigos tivessemos colocado grandes eletroliticos diretamente nas saidas de suas válvulas retificadoras, teriamos as danificados permanentemente. Com o advento dos diodos, é claro, que se calcularmos as correntes de ripple corretamente, hoje podemos colocar numa fonte de um amplificador valvulado a capacitância de 1000uf, que seria o ideal para amplificadores de até 100w, e não míseros 32+32 ou 100+100.

  Posso estar causando um pouco de polêmica, mas não se trata disto, se trata simplesmente de se juntar o melhor de antes ( valvulas ) com o que temos hoje. Não seria racional não o fazermos, agora que conhecemos os fatos!

Pois as características das válvulas que nos são valorizadas, são suas altas impedâncias de entrada (grade) em relação ao sinal de entrada, que o preserva o mais intacto possível. 

Suas características indesejáveis são além do aquecimeto e de uma alta corrente de polarização para que fiquem lineares. São as altas impeâncias de saída em modo placa(ânodo). Que no caso de circuitos de preamplificação basta adicionar um circuito seguidor de cátodo para resolver e se ter baixa impedância de saída. No caso dos estágios de saída ainda necessitamos dos transformadores para igualar as razões de impedâncias.

.......continua


Devemos para quesitos ideais de amplificação pensar em máxiam impedância possivel de entrada, se possível normatizada e uma impedância menor possível no estágio de saída. Pois assim teremos uma máxima resposta de frequencia e eficiencia. Função máxima transferência.

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